sexta-feira, 28 de novembro de 2008

MODERNISMO NO BRASIL

A semana de Arte Moderna de 1922 tinha um objetivo: divulgar uma nova geração de artistas, escritores e intelectuais que lutavam pela renovação da arte brasileira e pela atualização da nossa cultura. A programação provocou muita polêmica e agitação. Alguns artistas receberam aplausos.Outros, relinchos e miados de uma atônita platéia.

Nessa época, a palavra MODERNISMO ainda não era corrente:FUTURIALISMO era o termo que se usuva para designar o movimento modernista.


EUCLIDES RODRIGUES PIMENTA DA CUNHA nasceu em 20 de janeiro de 1866 em Cantagalo, no Estado do Rio de Janeiro. Órfão de mãe desde os três anos, passou a ser criado por suas tias e depois por seus avós.

Aos 19 anos, depois de ter cursado um ano na Escola Politécnica, transferiu-se para a Escola Militar. Algum tempo depois, devido a um incidente de desacato ao Ministro da Guerra, foi desligado da Escola Militar, para onde seria reconduzido em 1890, logo após a proclamação da República.

Em 1896, depois de formar-se em Engenharia Militar e Ciências Naturais, abandonou definitivamente a farda, por causa dos caminhos tomados pela República. No ano seguinte foi para São Paulo, de onde sairia no ano seguinte como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo, incumbido de fazer a cobertura da Guerra de Canudos.


MANUEL CARNEIRO DE SOUZA BANDEIRA FILHO nasceu em Recife, em 19 de abril de 1886. Ainda jovem, muda-se para o Rio de Janeiro, onde faz seus estudos secundários. Em 1903 transfere-se para São Paulo, onde inicia o curso de Engenharia na Escola Politécnica. No ano seguinte, interrompe os estudos por causa da tuberculose e retorna ao Rio de Janeiro. Desenganado pelos médicos, passa longo tempo em estações climáticas do Brasil e da Europa, onde toma contato com a poesia simbolista e pós-simbolista.




O Bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.


PRIMEIRA FASE DO MODERNISMO

Saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro, as idéias modernistas esparalharam-se pelo Brasil, gerando polêmicas e contribuindo para a formação de diversos grupos de vanguarda. É a primeira fase do modernismo.

Na primeira fase do modernismo, que vai de 1922 a 1930, surgiram várias revistas de arte, todas de curta duração: Klaxon (1922,São Paulo);Estética (1924,Rio de Janeiro); A revista (1925,Minas Gerais);Madrugada(1925,Rio Grande do Sul).


MÁRIO RAUL DE MORAIS ANDRADE é filho de Carlos Augusto de Moraes Andrade e Maria Luísa Leite Moraes Andrade e nasceu no dia 9 de outubro de 1893, na Rua Aurora, 320, em São Paulo.

Representante fundamental do modernismo, Mário de Andrade, após cursar as primeiras letras, matricula-se na Escola de Comércio Álvares Penteado, mas logo abandona o curso para ingressar, em 1911, no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.

Descobrimento

Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!
muito longe de mim
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu.





OSWALD DE ANDRADE, poeta, romancista e dramaturgo, nasceu em São Paulo em 11 de janeiro de 1890. Filho de família rica, estuda na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e, em 1912, viaja para à Europa. Em Paris, entra em contato com o Futurismo e com a boemia estudantil. Além das idéias Futuristas, conhece Kamiá, mãe de Nonê, seu primeiro filho, nascido em 1914.


A Descoberta

Seguimos nosso caminho por este mar de longo
Até a oitava da Páscoa
Topamos aves
E houvemos vista de terra
os selvagens
Mostraram-lhes uma galinha
Quase haviam medo dela
E não queriam por a mão
E depois a tomaram como espantados
primeiro chá
Depois de dançarem
Diogo Dias
Fez o salto real
as meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.





FONTE:http://www.mundocultural.com.br/

CRUZ E SOUZA


João da Cruz e Souza nasceu em 21 de novembro de 1861 em Desterro, hoje Florinaopolis, Santa Catarina. Seu pai e sua mãe, negros puros, eram escravos alforriados pelo marechal Guilherme Xavier de Sousa. Ao que tudo indica o marechal gostava muito dessa família pois o menino João da Cruz recebeu, além de educação refinada, adquirida no Liceu Provincial de Santa Catarina, o sobrenome Sousa.
Cruz e Souza é, sem sombra de dúvidas, o mais importante poeta Simbolista brasileiro, chegando a ser considerado também um dos maiores representantes dessa escola no mundo. Muitos críticos chegam a afirmar que se não fosse a sua presença, a estética Simbolista não teria existido no Brasil. Sua obra apresenta diversidade e riqueza.

Um dos seus poema mais importantes:

Cruz e Souza

FLOR DO MAR

És da origem do mar, vens do secreto,
do estranho mar espumaroso e frio
que põe rede de sonhos ao navio
e o deixa balouçar, na vaga, inquieto.
Possuis do mar o deslumbrante afeto,
as dormências nervosas e o sombrio
e torvo aspecto aterrador, bravio
das ondas no atro e proceloso aspecto.
Num fundo ideal de púrpuras e rosas
surges das águas mucilaginosas
como a lua entre a névoa dos espaços...
Trazes na carne o eflorescer das vinhas,
auroras, virgens músicas marinhas,
acres aromas de algas e sargaços...



ALPHONSUS DE GUIMARAENS

AFONSO HENRIQUES DA COSTA GUIMARÃES nasceu a 24 de julho de 1870 na cidade de Ouro Preto em Minas Gerais. Após cursar as primeiras letras, matriculou-se, em 1887, no curso de engenharia. No entanto, em 1888, morre sua noiva, Constança, filha de Bernardo Guimarães, autor de "A escrava Isaura". A morte da moça abalou moralmente e e fisicamente o poeta.
Doente, vem, em 1891, para São Paulo, onde matricula-se no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco. Em São Paulo, colaborou na imprensa e entrou em contato com os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza. Após concluir o curso volta para Minas Gerais e, no ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira. Em 1906 é nomeado juiz em Mariana, onde falece em 15 de julho de 1921.
Apesar de ter se casado posteriormente, o amor por Constança marcou profundamente sua poesia. Além disso, o misticismo e a morte são outras características que marcaram profundamente sua poesia. O misticismo surge em decorrência do amor pela noiva e de sua profunda devoção pela Virgem Maria. A morte é vista como a única maneira de aproximar-se de sua Amada é também da Virgem Maria. Por isso, o amor é totalmente espiritual.

Além dessas influências, Alphonsus de Guimaraens foi influênciado também pelos escritores Verlaine e Mallarmé, a quem chegou a traduzir.


Soneto

Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? Agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.

Que saudades de amor na aurora do teu rosto!
Que horizonte de fé, no olhar tranqüilo e garço!
Nunca mais me lembrei se era no mês de agosto,
Setembro, outubro, abril, maio, janeiro, ou março.

Encontrei-te. Depois... depois tudo se some
Desfaz-se o teu olhar em nuvens de ouro e poeira.
Era o dia... Que importa o dia, um simples nome?

Ou sábado sem luz, domingo sem conforto,
Segunda, terça ou quarta, ou quinta ou sexta-feira,
Brilhasse o sol que importa? ou fosse o luar já morto?

PARNASIANISMO

O parnasianismo foi um estilo literário que abusou da linguagem ornamentada e artificial. Apesar disso, vigorou durante muito tempo, desaparecendo só depois da década de 1920 por causa das críticas violentas dos modernistas.
Segundo o crítico Alfredo Bosi, o "Parnasianismo é o estilo das camadas dirigentes, da burocracia culta e semiculta. das profissões liberais habituadas a conceber a poesia como 'linguagem ornada', segundo padrões já consagrados que garantem o bom gosto da imitação".

O SIMBOLISMO NO BRASIL

No Brasil, o simbolismo começou em 1893, com a publicação de dois livros de Cruz e Souza: Missal (poemas em prosa) e Broquéis (versos).
Além de Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens os poetas simbolistas mais importantes devem ser lembrados Pedro Kilkerry, Dario Veloso e Emiliano Perneta.

SIMBOLISMO

No final do século XIX, uma reação contra o materialismo e o positivo da garação realista fez surgir um movimento de valorização da vida espiritual.
Nascia o movimento poético chamado SIMBOLISMO.
A poesia simbolista tornou-se um meio de sondagem do mundo interior do "eu" liríco, e essa introspecção gerol tendências diversas nos muitos poetas do simbolismo,

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A CENA DO CEMITÉRIO



Apresentação de slides criada através do conto de Machado de Assis, A Cena do Cemitério.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

MACHADO DE ASSIS


RESUMO:Dom Casmurro
AUTOR:Machado de Assis


Bentinho, chamado de Dom Casmurro por um rapaz de seu bairro, decide atar as duas pontas de sua vida . A partir daí, inicia a contar sua história (importante salientar esse detalhe !!!! É Bentinho que nos narra sua vida).

Morando em Matacavalos com sua mãe (Dona. Glória, viúva), José Dias (o agregado), Tio Cosme (advogado e viúvo) e prima Justina (viúva) , Bentinho possuía uma vizinha que conviveu como "irmã-namorada" dele , Capitolina - a Capitu . Seu projeto de vida era claro, sua mãe havia feito uma promessa, em que Bentinho iria para um seminário e tornar-se-ia um padre . Cumprindo a promessa Bentinho vai para o seminário, mas sempre desejando sair, pois se tornando padre não poderia casar com Capitu . José Dias, que sempre foi contra ao namoro dos dois, é quem consegue retirar Bentinho do seminário, convencendo Dona Glória que o jovem deveria ir estudar no exterior, José Dias era fascinado por direito e pelos estudos no exterior. Quando retorna do exterior, Bentinho consegue casar com Capitu e desde os tempos de seminário havia fundamentado amizade com Escobar que agora estava casado e sempre foi o amigo íntimo do casal. Nasce o filho de Capitu, Ezequiel.

Escobar, o amigo íntimo, falece e durante o seu velório Bentinho percebe que Capitu não chorava, mas aguçava um sentimento fortíssimo. A partir desse momento começa o drama de Bentinho. Ele percebe que o seu filho (?) era a cara de Escobar e ele já havia encontrado, às vezes, Capitu e Escobar sozinhos em sua casa. Embora confiasse no amigo, que era casado e tinha até filha, o desespero de Bentinho é imenso. Vão para Europa e Bentinho depois de um tempo volta para o Brasil . Capitu escreve-lhe cartas, a essa altura, a mãe de Bentinho já havia morrido, assim como José Dias. Ezequiel um dia vem visitar o pai e conta da morte da mãe. Pouco tempo depois, Ezequiel também morre, mas a única coisa que não morre no romance é Bentinho e sua dúvida .

Análise num pequeno comentário:

Os olhos oblíquos e dissimulados de Capitu demonstram as duas pontas da história da vida de Bentinho: seu primeiro beijo na amada ocorre mediante a percepção daqueles belíssimos olhos de ressaca e seu drama é, justamente, a percepção no velório dos mesmos olhos de Capitu. A infância coligada com Capitu também contribui para a afirmação de Bentinho, pois ela sempre esteve com o espírito de dissimulação que o deixava abismado nos momentos que ela conseguia enganar o próprio pai , o velho Pádua.
Dom Casmurro é um livro complexo e cada leitura origina uma nova interpretação. Segundo Fábio Lucas, prefacionista de uma das edições de Dom Casmurro: "É a triangulação ideal que traduz a certeza de uma consciência conturbada , a de Bentinho (cujo nome - Bento Santiago - Santo representa Bem e Iago no drama Othello é a consciência perversa, ou seja, a fusão entra o bem e o mal), e resulta, para o destinatário de seu discurso mesclado de objetividade e de ressentimento (subjetivismo), numa ambigüidade insolúvel". Machado de Assis faz em Dom Casmurro um fato inacreditável em sua narrativa: Ele cria um narrador que afirma algo (ou seja, diz que foi traído) e o leitor não consegue decidir-se se ele está mentindo ou não. E aquela famosa pergunta que é a trilogia do romance, não só entre os brasileiros, mas também como os estudiosos do livro de outros países: Teria sido Capitu culpada de adultério?


FONTE:http://www.mundocultural.com.br/

RAUL POMPÉIA


RESUMO: O Ateneu
AUTOR:Raul Pompéia

O romance O Ateneu é uma das obras mais importantes do Realismo brasileiro. Trata-se de uma narrativa na primeira pessoa, em que o personagem Sérgio, já adulto, conta sobre seu tempo de aluno interno no Colégio Ateneu. A ação do livro transcorre no ambiente fechado e corrupto do internato, onde convivem crianças, adolescentes, professores e empregados. É dado o início do romance com o pai de Sérgio advertindo "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta" Dr. Aristarco é o diretor do colégio. Figura soberba, cheia de empáfia e que visava apenas o lucro. Tinha o sonho de ver um busto com a sua face. Sérgio vai narrando as decepções, os medos, as dúvidas, a rígida disciplina, as amizades, os acontecimentos em torno da própria sexualidade, as questões nem sempre respondidas. O romance é um diário de um internato: as aulas, a sala de estudos, a diversão nos banhos de piscina, as leituras, o recreio, o que acontecia nos dormitórios, no refetório e as disputas. O mundo da escola é sempre visto e retratado a partir da perspectiva particular de Sérgio (expressionismo). Desse modo, a instituição, os colegas, os professores e o diretor Aristarco são representados em função de certa ótica, claramente caricatural, em que os erros, hipocrisias e ambições são projetados e realçados. Misturando alegria e tristezas, decepções e entusiasmos, Sérgio, pacientemente reconstrói, por meio da memória, a adolescência vivida e perdida entre as paredes do famoso internato. A obra acaba com o incêndio do Ateneu pelo estudante Américo. No incêncio o diretor fica perdido, estático com o que está acontecendo com seu patrimônio e naquele mesmo dia é abandonado pela esposa.

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ALUÍSIO AZEVEDO



RESUMO: CASA DE PENSÃO
AUTOR:Aluísio Azevedo

Resumo: Amâncio de Vasconcelos, um jovem maranhense, vem para o Rio de Janeiro, com o propósito de realizar o curso de Medicina. De início hospeda-se em casa de um conhecido da família, Luís Campos, que vivia com sua mulher Dona Maria Hortência e uma cunhada, Dona Cadotinha. Entretanto, Amâncio encontrara-se! com um amigo e co-provinciano, Paiva Rocha, e passa a viver uma vida desvairada e boêmia. As extravagâncias de chegar altas horas da noite, faltar às aulas, embebedar-se, não lhe eram permitidas em casa de Campos. Por outro lado, o jovem estudante começara a despertar um certo interesse no coração de Hortência. Levado por esses motivos, resolve ele mudar-se para a pensão de João Coqueiro, que lhe fora apresentado por Paiva Rocha. Acaba envolvido por Amélia, irmã de João Coqueiro, que finge ignorar o romance e explora-a, exigindo dinheiro do rapaz (Amâncio). Enredado no ambiente asfixiante e corrupto da pensão de João Coqueiro e de Mme. Brizard, sua mulher, envolvido em uma série de tramas, Amâncio resolve viajar para São Luís, para rever a mãe, agora viúva. João Coqueiro suspeita da viagem, e consegue que a polícia prenda Amâncio sob acusação de defloramento, da qual o estudante é absolvido, em rumoroso julgamento.
Inconformado com a absolvição, João Coqueiro assassina Amâncio com um tiro.

Observações Importantes

Casa de Pensão é uma espécie de narrativa intermediária entre o romance de personagem (O Mulato) e o romance de espaço (O Cortiço). Como em O Mulato, todas as ações ainda estão vinculadas à trajetória do herói, nesse caso, Amâncio de Vasconcelos. Mas, como em O Cortiço, a conquista, ordenação e manutenção de um espaço é que impulsiona, motiva e ordena a ação. Espaço e personagem lutam, lado a lado, para evitar a degradação.
O romance foi inspirado em um caso verídico, a Questão Capistrano, crime que sensibilizou o Rio de Janeiro em 1876/77, envolvendo dois estudantes, em situação muito próxima à da narração de Aluísio Azevedo.
As teses naturalistas, especialmente o Determinismo, alicerçam a construção das personagens e das tramas.
No texto que transcrevemos a seguir, Aluísio Azevedo, ao descrever a formação de Amâncio Vasconcelos, mostra os fatores que determinaram o seu comportamento e o seu destino: a educação severa do pai e do mestre-escola, a superproteção da mãe, a sífilis contraída da ama-de-leite, que são as geratrizes de uma personalidade reprimida e hipócrita:
"... esses pequenos episódios de infância, tão insignificântes na aparência, decretaram a diluição que devia tomar o caráter de Amâncio. Desde logo habituou-se a fazer uma falsa idéia de seus semelhantes; julgou os homens por seu pai, seu professor e seus condiscípulos. - E abominou-os. Principiou a aborrecê-los secretamente, por uma fatalidade do ressentimento, principiou a desconfiar de todos, a prevenir-se contra tudo, a disfarçar, a fingir que era o que exigiam brutalmente que ele fosse. "
Inseguro, necessitado de proteção materna, Amâncio procura na pensão carioca o substitutivo da família, incapaz de perceber as ciladas que lhe são armadas pela proprietária, Mme. Brizard e pela sensual Amélia. O dinheiro é a mola dessa sociedade corrupta e hipócrita. Observe o cinismo dos pensamentos de João Coqueiro, refletindo sobre o comportamento que sua irmã, Amélia, deveria simular, para envolver Amâncio:
"Amélia, desde que se convertesse numa necessidade para a vida de Amâncio, este, com certeza, seria o mais interessado em fazer dela sua esposa; por conseguinte, agora o que convinha era que a rapariga também ajudasse de sua parte, empregando todo o jeito e boa vontade de que pudesse dispor.- devia mostrar-se cordata, simples nos seus gostos, bem arranjadinha, amiga do asseio, honesta, digna, enfim, de um marido!"

FONTE:http://www.mundocultural.com.br/

REALISMO NO BRASIL

"A palavra escrita, que antigamente era um instrumento de poetas lamuriosos e de novelistas piegas e imorais, serve hoje para demostrar um fato, desenvolver uma tese, discutir um fenômeno."

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

JOSÉ DE ALENCAR


PROSA: UBIRAJARA


Ubirajara

Esta obra trata-se da formação da grande nação Ubirajara. Jaguarê , um caçador da nação araguaia procura um inimigo terrível para vencê-lo em combate de morte e ganhar nome de guerra. Para conseguir essa façanha, ele deixa sua taba e a presença de Jandira, sua futura esposa. Depois de alguns dias na selva, à beira do rio Tocantins-Araguaia, onde a nação Tocantim dominava, ele encontra Araci, filha desta valente nação. Jaguari propõe a Araci que retorne a sua nação e "diga aos seus guerreiros que eu os desafio ao combate". Mas, antes de Araci retornar, Pojucã, seu irmão, encontra com Jaguarê que propõe um combate leal. Depois de muito tempo de combate, os dois perceberam que eram iguais em força e valentia e se convenceram que nenhum derrubaria o outro, e para finalizar, eles resolveram disputar uma corrida. Quem chegasse primeiro na lança venceria o combate. Os dois tocaram juntos na lança, porém, esta ficou na mão de Pojucã. Ao arremessar a lança para matar Jaguarê, ela se voltou contra Pojucã e esse recebeu-a no peito. Logo, Jaguarê se torna o vencedor, leva Pojucã como prisioneiro para a festa da vitória, onde será reconhecido como Ubirajara. Na festa a nação araguaia, depois de Pojucã relatar o feito heróico de Ubirajara, Camacã, o grande chefe da nação araguaia e pai de Ubirajara, reconhece que seu filho passou por uma grande prova e o nomeou chefe da nação. Com a nomeação de guerreiro, Ubirajara no dia seguinte pegaria Jandira e a levaria para a cabana nupcial. Como Ubirajara não apareceu, ela partiu em busca de seu noivo. Na noite anterior, Ubirajara sonhara com Araci e foi ao seu encontro, sendo interrompido por Jandira. Então, ele disse a Jandira que ainda não escolhera o seio que geraria seu primeiro filho. Sendo um ritual, Ubirajara escolhe uma esposa digna de acompanhar o herói inimigo nos seus últimos dias e ter um filho de guerra, e Jandira foi a escolhida. Inconformada com a decisão e com o abandono, sujeitava-se a morte, por isso, fugira da cabana de Pojucã, antes da volta de Ubirajara para matar o prisioneiro. Ao chegar à grande taba dos Tocantins, como hóspede Ubirajara é acolhido por Itaquê o grande chefe dos Tocantins. Sendo de costume ele não poderia perguntar a origem nem o nome do hóspede. Então, Ubirajara tinha que escolher um nome, e o nome escolhido foi Jurandir. Araci avistou o caçador araguaia e adivinhou que ele viera a cabana de Itaquê para disputar sua beleza aos guerreiros Tocantins. Foram feitas muitas festas para o estrangeiro, mas, através da Lei de Hospitalidade, Araci não podia revelar o segredo do visitante. Depois de festas, Jurandir, conduzido pela virgem foi ao encontro de Itaquê, dizendo que viera servir ao pai de Araci, pois queria disputar aos outros guerreiros o seio de esposa de Araci. A partir daí, Jurandir deixou de ser estrangeiro e passou a fazer parte da cabana de Itaquê como servo do amor, trabalhando para o pai de sua noiva. Jurandir era o maior caçador e o melhor pescador, tudo estava em abundância na cabana do chefe dos Tocantins. Quando Araci foi procurar as plumas para fazer o cocar do amor, encontrou-se com Jandira. Araci quase foi atacada por Jandira, mas Jurandir chegou a tempo de impedir. Então, ele amarrou a mão de Jandira e as deixou a sós. Ficaram então competindo e defendendo o amor por Ubirajara. Depois de algum tempo, Araci desata os braços de Jandira e dá a ela a liberdade. Chega o dia do combate nupcial, os noivos de Araci estavam disputando sua posse. Depois de muitas provas típicas do costume indígena, Jurandir se consagra vencedor, mas antes de receber a esposa, devia declarar quem era, pois fora recebido como visitante e ninguém o conhecia. Itaquê pede a Jurandir que se identifique, pois ele não deixaria sua filha Araci, entrar numa taba onde habituasse quem tivesse ofendido um só de seus guerreiros. Sendo assim Jurandir se apresenta-se como Ubirajara, o chefe da grande nação Araguaia. Contou aos Tocantins o seu encontro com Pojucã, o combate que o venceu e que voltara no sol seguinte para assistir ao combate da morte. Nisso, Itaquê reconhece o matador de seu filho Pojucã, que havia partido para rastejar a marcha dos Tapuias. Mas não podia vingar seu filho pois o matador era seu hóspede e não admite que sua esposa Jacamim chore na frente de Jurandir o matador de seu filho. Itaquê disse a Ubirajara que nunca iria ofendê-lo em sua taba pela lei da hospitalidade e despede-se dele. Ubirajara ao partir propõe a guerra à Itaquê como inimigo, pois queria restituir a sua esposa. Então, Ubirajara vai até a sua nação buscar seus guerreiros, nisso liberta Pojucã e dá a ele a chance de lutar com sua nação. Depois de cinco sois, o chefe dos Araguaias volta à taba dos Tocantins, mas, antes de chegar encontra-se com os Tapuias que iam vingar Pojucã que havia incendiado a taba dos Tapuias. Como não era certo lutar as três tribos ao mesmo tempo , Itaquê, Ubirajara e Canicrã decidem que o vencedor de Tocantins X Tapuias iria combater com os Araguaias. Durante o combate entre Canicrã e Itaquê, Itaquê é atingido nos olhos por Pãa e atinge Canicrã, arrancando-lhe a cabeça. Então Ubirajara viu-se sem os guerreiros para vencer, mas viu Pãa, e mandou que Abeguar o apanhasse para ser escravo de Itaquê. Nisso, a nação Tocantim ficou sem o grande guerreiro Itaquê que ficara cego. Os Tapuias voltaram, com Agná à frente de sua nação, para vingar a morte de Canicrã seu irmão. Mas os Tocantins estavam sem um grande chefe que pudesse abrir-lhes o caminho da guerra já que Itaquê estava cego e Pojucã não agüentava brandir o arco de seu pai e jamais empunharia outro arco chefe menos glorioso. Então, com sua experiência Itaquê pede a Ubirajara e propôs a ele que empunhasse o arco de Itaquê e conquistasse por heroísmo uma esposa e uma nação. Então Ubirajara uniu a nação dos Tapuias e formou a grande nação dos Ubirajaras tendo duas esposas, Araci pelos Tocantins e Jandira pelos Araguaias que seriam mães de seus filhos.

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VISCONDE DE TAUNAY


PROSA: INOCÊNCIA


Inocência

O romance é ambientado na confluência dos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Órfã de mãe desde o nascimento, Inocência é criada pelo pai, Pereira, um mineiro afetuoso, um sujeito conservador, durão, para quem os valores da palavra, da honra estão acima de tudo, até da felicidade da filha que ele ama.
Pereira decide casar Inocência com Manecão Doca, homem honrado, trabalha-dor, rude e que acumulou fortuna.
A história conta sobre Cirino, um prático de enfermagem que se apresentava como médico (curandeiro) que errava pelo sertão e acaba na casa de Pereira. Ele cura Inocência, filha deste, de malária e apaixona-se. Cirino foi o primeiro homem a despertar realmente as emoções do amor, criando nela uma grande perturbação íntima, pois estava prometida a Manecão. Aparece depois Meyer, um naturalista alemão, que viajava em busca de insetos, que após inocentemente elogiar a beleza de Inocência, passa a ser vigiado incessantemente por Pereira, dando oportunidade a Cirino de comunicar-se mais facilmente com a moça.
Meyer fica por lá por que trazia uma carta de recomendação de Francisco (Chico) irmão de Pereira e sai mais tarde de volta a Saxônia para apresentar uma nova espécie de rara beleza que encontrou, à qual dá o nome de Papilio lnnocentia (uma borboleta). Tinha também o anão Tico, espécie de cão de guarda de Inocência.
Com a partida de Meyer, as coisas se complicam, aumentando o medo de Inocência, que teme uma reação violenta do pai caso venha a saber do romance. A jovem instrui Cirino a procurar seu padrinho para que ele convença Pereira a concordar com o rompimento do compromisso com Manecão.
Inocência herdeira da teimosia do pai, não abre mão de seu amor, então comunica ao pai a intenção de não se casar, inventa que sonhou com a mãe e esta lhe disse que o casamento não deveria se realizar. A jovem quase consegue atingir seus objetivos, quando derruba sua história. Ela, não conheceu a mãe, portanto não sabia que ela tinha um sinal no rosto, então ela pede desculpas ao pai, que declara que prefere vê-la morta a vê-la desonrada.
Na ausência de Cirino, porém, o romance é descoberto através de Tico.
Enquanto Cirino está fora Inocência e Manecão, se encontram e ela se recusa a viver com ele. A suposta desonra leva Manecão a perseguir e matar Cirino, que morrendo encontra o padrinho de Inocência que vinha lhe ajudar. Inocência também morre, só que de tristeza em face da ausência definitiva do amado.

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BERNARDO GUIMARÃES


PROSA: A ESCRAVA ISAURA

A ESCRAVA ISAURA:

Em uma magnífica fazenda, no município de Campos de Goitacases (RJ), morava Isaura, uma linda escrava de cor de marfim. Isaura era filha de uma bonita escrava que por não se sujeitar aos sórdidos desejos do senhor comendador Almeida (dono da casa) sofreu as mais terríveis privações. Esta escrava teve um caso com o feitor Miguel, que era um bom homem e não aceitou castigá-la como mandou o seu senhor, sendo Isaura fruto desse relacionamento. Isaura foi educada pela mulher do comendador, e era dotada de natural bondade e candura do coração além de saber ler, escrever, italiano, francês e piano. A mulher do comendador tinha desejo de libertar Isaura, porém não o fazia para conservá-la perto e assim ter companhia.
O Sr Almeida se aposenta, retirando-se para a corte e entrega a fazenda a seu filho Leôncio. Este era digno herdeiro de todos os maus instintos e devassidão do comendador. Casou-se por especulação. Nutre por Isaura o mais cego e violento amor. Ele chega à fazenda com sua mulher - Malvina - e seu cunhado - Henrique. Malvina era mulher dócil e tratava Isaura muito bem. Henrique era um filho rico, estudante de medicina, e também ficou tocado pela beleza de Isaura. Morre a mãe de Leôncio sem deixar testamento que libertasse Isaura.
Henrique rapidamente percebe as intenções de Leôncio para com Isaura. Temendo que ele traia sua irmã, adverte-o que não tolerará tal ato. Henrique se oferece como amante para Isaura e daria em troca sua liberdade. O jardineiro da fazenda, um ser disforme e abjetável, também se oferece como amante. Isaura não dá atenção a essas propostas, e diz nunca casar sem amor. Leôncio é avistado por Henrique e Malvina quando fazia semelhante proposta à Isaura. Malvina setencia: ou ela (Isaura) ou eu. No mesmo momento da calorosa discussão, aparece o pai de Isaura com o dinheiro suficiente, uma enorme quantia de 10 contos de réis, para comprar a liberdade dela conforme havia prometido o comendador Almeida. Leôncio não aceita o dinheiro e dá desculpas vazias.
Morre o pai de Leôncio e ele finge imensa tristeza por dias, o que o alija temporariamente de brigar com a mulher. Passado certo tempo, Malvina continua a pressão para que se libertá-se Isaura. Com as desculpas e adiamentos de Leôncio, ela decide voltar à casa do seu pai. A sua saída era caminho livre para os intentos indecentes de Leôncio. Como Isaura continuava a resistir, Leôncio ameaça com torturas. Miguel, sabendo do acontecido, decide fugir com Isaura para o Norte.
Chegando em Recife, a linda Veneza Americana, Isaura muda seu nome para Elvira e Miguel para Anselmo passando a morarem numa chácara no bairro de Santo Antônio. Álvaro era um moço rico, filho de uma distinta e opulente família, liberal, republicano e abolicionista extremado. Ele avista Isaura ao passear perto da sua chácara e a conhece, passando a visitá-la constantemente. Álvaro se utiliza de todos os meios para convencer Isaura a ir a um baile com ele. Isaura não queria ir para não enganar a sociedade e iludir o seu amante. Ela por diversas vezes tentou contar a Álvaro que se tratava de uma escrava fugida, mas não tinha coragem. Ela só aceita ir diante do argumento de que tanta reclusão estaria despertando a atenção da polícia. Isaura sente um mau presságio desse baile.
No baile, Isaura se destaca no meio de todas as mulheres devido a sua beleza e por tocar muito bem piano. Contudo, é reconhecida por Martinho - um estudante de sórdida ganância e espírito de cobiça - que havia guardado um anúncio de escravo fugido. Ele provoca um escândalo durante o baile e Isaura confessa diante de toda a sociedade se tratar de uma escrava. Álvaro, não obstante, defende-a e devido a sua influência a toma por fiador, sem deixar que ela caísse nas mãos imundas de Martinho. Este, sem conseguir levá-la, escreve para Leôncio informando que havia achado sua escrava.
Graças a valiosa intervenção de Álvaro, Miguel e Isaura continuam na sua chácara em Santo Antônio na espera das ações que ele havia prometido tomar. Isaura conta que fugiu para escapar do amor de um senhor libidinoso e cruel. Enquanto Álvaro se encontrava na chácara, Leôncio aparece para sua surpresa e exige levar Isaura. Leôncio encontrava-se munido de um mandado de prisão contra Miguel e guardas para levar sua escrava. A aparição é seguida de forte discussão e Álvaro avança contra Leôncio. A briga é cessada com a aparição de Isaura que se entrega ao seu senhor.
Isaura volta a fazenda onde fica na mais completa reclusão. Leôncio se reconciliara com Malvina, pois iria precisar do seu dinheiro. Miguel é ludibriado na cadeia e convencido
a tentar persuadir Isaura a se casar com Belchior, o jardineiro da fazenda, em troca da liberdade sua e da filha.
Isaura aceita o sacrifício pois estava sem forças e sem esperança. Leôncio já havia tomado todas as providências para o casamento, quando é informado que alguns cavalheiros chegaram. Pensando se tratar do vigário e do tabelião, mando-os entrar. É tomado de surpresa ao avistar Álvaro. Este tinha ido ao Rio de Janeiro e descobre com alguns comerciantes que Leôncio estava falido. Compra os seus créditos e fica dono de toda a dívida de Leôncio.
Álvaro afirma a Leôncio que nada mais o pertence, que toda a sua fazenda incluindo os escravos passavam a ser dele com a execução dos débitos. Isaura abraça Álvaro. Leôncio jura que nunca irá implorar a sua generosidade para abrandar a dívida. Ele ausenta-se da sala e se suicida.

FONTE:http://www.mundocultural.com.br/

ROMANTISMO NO BRASIL: PROSA

PROSA:

A prosa literária brasilaira começa de fato no Romantismo, com os folhetins, que são histórias publicadas em capítulos nos jornais.

Autores que mais se destacaram e suas obras:

JOAQUIM ANTONIO DE MACEDO

PROSA: A MORENINHA

A história conta sobre Augusto, que aposta com amigos que não fica apaixonado por mais de 15 dias por mulher alguma, sob pena de escrever um romance e estes amigos, Carolina e suas amigas e parentes. Augusto é estudante e colega de Felipe, cuja irmã é Carolina. Augusto quando criança jurou amar eternamente uma menina cujo nome ignora e fica inconstante em seus amores, até que conhece Carolina, pela qual se apaixona e persegue.

Quando no final ficam noivos, ela primeiro manda-o casar-se com sua amada de infância e depois revela, ela, ser esta amada. O livro é um exemplo clássico do Romantismo, tendo sido seu primeiro exemplo brasileiro. Ele gira em torno de sua heroína perfeita e seu herói que luta para ter o amor desta e os obstáculos para sua realização, no caso a promessa infantil. Também são bem representados os costumes do Rio de Janeiro da década de 1840 e a classe dos estudantes, da qual Macedo fazia parte na época da escrita do livro.

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FAGUNDES VARELA


POESIA: NOTURNO

Noturno

Minh'alma é como um deserto
Por onde romeiro incerto
Procura uma sombra em vão;
É como a ilha maldita
Que sobre as vagas palpita
Queimada por um vulcão!

Minh'alma é como a serpente
Que se torce ébria e demente
De vivas chamas no meio;
É como a doida que dança
Sem mesmo guardar lembrança
Do cancro que rói-lhe o seio!

Minh'alma é como o rochedo
Donde o abutre e o corvo tredo
Motejam dos vendavais;
Coberto de atros matizes,
Lavrado das cicatrizes
Do raio, nos temporais!

Nem uma luz de esperança,
Nem um sopro de bonança
Na fronte sinto passar!
Os invernos me despiram,
E as ilusões que fugiram
Nunca mais hão de voltar!

Tombam as selvas frondosas,
Cantam as aves mimosas
As nênias da viuvez;
Tudo, tudo, vai finando,
Mas eu pergunto chorando:
Quando será minha vez?

No véu etéreo os planetas,
No casulo as borboletas
Gozam da calma final;
Porém meus olhos cansados
São, a mirar, condenados
Dos seres o funeral!

Quero morrer! Este mundo
Com seu sarcasmo profundo
Manchou-me de lodo e fel!
Minha esperança esvaiu-se,
Meu talento consumiu-se
Dos martírios ao tropel!

Quero morrer! Não é crime
O fardo que me comprime
Dos ombros lançá-lo ao chão;
Do pó desprender-me rindo
E, as asas brancas abrindo,
Perder-me pela amplidão!

Vem, oh! morte! A turba imunda
Em sua ilusão profunda
Te odeia, te calunia,
Pobre noiva tão formosa
Que nos espera amorosa
No termo da romaria!

Virgens, anjos e crianças,
Coroadas de esperanças,
Dobram a fronte a teus pés!
Os vivos vão repousando!
E tu me deixas chorando!
Quando virá minha vez?

Minh'alma é como um deserto
Por onde o romeiro incerto
Procura uma sombra em vão;
É como a ilha maldita
Que sobre as vagas palpita
Queimada por um vulcão!

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CASTRO ALVES


POESIA: ADORMECIDA


Adormecida

UMA NOITE, eu me lembro... Ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço do tapete rente.

'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste
Exalavam as silvas da campina...
E ao longe, num pedaço do horizonte,
Via-se a noite plácida e divina.

De um jasmineiro os galhos encurvados,
Indiscretos entravam pela sala,
E de leve oscilando ao tom das auras,
Iam na face trêmulos - beijá-la.

Era um quadro celeste!...A cada afago
Mesmo em sonhos a moça estremecia...
Quando ela serenava... a flor beijava-a...
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...

Dir-se-ia que naquele doce instante
Brincavam duas cândidas crianças...
A brisa, que agitava as folhas verdes,
Fazia-lhe ondear as negras tranças!

E o ramo ora chegava ora afastava-se...
Mas quando a via despeitada a meio,
P'ra não zangá-la... sacudia alegre
Uma chuva de pétalas no seio...

Eu, fitando esta cena, repetia
Naquela noite lânguida e sentida:
'Ó flor! - tu és a virgem das campinas!
'Virgem! - tu és a flor da minha vida!...'

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CASIMIRO DE ABREU


POESIA: AMOR E MEDO:


Amor e Medo
Quando eu te vejo e me desvio cauto
Da luz de fogo que te cerca, ó bela,
Contigo dizes, suspirando amores:
— "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!"

Como te enganas! meu amor, é chama
Que se alimenta no voraz segredo,
E se te fujo é que te adoro louco...
És bela — eu moço; tens amor, eu — medo...

Tenho medo de mim, de ti, de tudo,
Da luz, da sombra, do silêncio ou vozes.
Das folhas secas, do chorar das fontes,
Das horas longas a correr velozes.

O véu da noite me atormenta em dores
A luz da aurora me enternece os seios,
E ao vento fresco do cair cias tardes,
Eu me estremece de cruéis receios.

É que esse vento que na várzea — ao longe,
Do colmo o fumo caprichoso ondeia,
Soprando um dia tornaria incêndio
A chama viva que teu riso ateia!

Ai! se abrasado crepitasse o cedro,
Cedendo ao raio que a tormenta envia:
Diz: — que seria da plantinha humilde,
Que à sombra dela tão feliz crescia?

A labareda que se enrosca ao tronco
Torrara a planta qual queimara o galho
E a pobre nunca reviver pudera.
Chovesse embora paternal orvalho!

Ai! se te visse no calor da sesta,
A mão tremente no calor das tuas,
Amarrotado o teu vestido branco,
Soltos cabelos nas espáduas nuas!...

Ai! se eu te visse, Madalena pura,
Sobre o veludo reclinada a meio,
Olhos cerrados na volúpia doce,
Os braços frouxos — palpitante o seio!...

Ai! se eu te visse em languidez sublime,
Na face as rosas virginais do pejo,
Trêmula a fala, a protestar baixinho...
Vermelha a boca, soluçando um beijo!...

Diz: — que seria da pureza de anjo,
Das vestes alvas, do candor das asas?
Tu te queimaras, a pisar descalça,
Criança louca — sobre um chão de brasas!

No fogo vivo eu me abrasara inteiro!
Ébrio e sedento na fugaz vertigem,
Vil, machucara com meu dedo impuro
As pobres flores da grinalda virgem!

Vampiro infame, eu sorveria em beijos
Toda a inocência que teu lábio encerra,
E tu serias no lascivo abraço,
Anjo enlodado nos pauis da terra.

Depois... desperta no febril delírio,
— Olhos pisados — como um vão lamento,
Tu perguntaras: que é da minha coroa?...
Eu te diria: desfolhou-a o vento!...

Oh! não me chames coração de gelo!
Bem vês: traí-me no fatal segredo.
Se de ti fujo é que te adoro e muito!
És bela — eu moço; tens amor, eu — medo!...

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ALVARES DE AZEVEDO


POESIA: AMOR


Amor

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!

Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!

FONTE:http://www.mundocultural.com.br/

ROMANTISMO NO BRASIL: POESIA


POESIA:

O Romantismo pode ser considerado o período do vardadeiro nascimento da vida literária brasileira.
Autores que se destacaram e suas obras:

GOLÇALVES DIAS:Canção do Exílio

Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas tem mais flores,
Nossos bosques tem mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

FONTE: http://www.mundocultural.com.br/

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

VIDEO ROMEU E JULIETA

RESUMO DA OBRA ROMEU E JULIETA

Resumo do livro: Romeu e JulietaAutor: William Shakespeare.



O enredo passa-se em Verona, Itália, por volta do ano 1500 e trata os amores de um casal de jovens (Romeu e Julieta), que apesar de serem provenientes de famílias rivais, se apaixonam um pelo outro. Nesta história as lutas de espada, o disfarce, os equívocos, a tragédia , o humor e a linguagem da paixão simbolizam, no seu conjunto, o amor verdadeiro. Duas poderosas famílias (os Montagues e os Capulet) são inimigas há muitos anos. O velho Capulet, pai de Julieta, dá uma grande festa para a qual convida todos os amigos da família. Como é evidente, a família dos Montagues não faz parte da lista dos convidados. Entretanto, como Romeu Montagues anda interessado em Rosaline, uma jovem que foi convidada para a festa e arranja um plano para a poder ver durante essa festa. Assim, Romeu entra disfarçado na casa dos inimigos da sua família. Já lá dentro, a sua atenção vai para Julieta, e não para Rosaline. Apaixona-se de imediato e fica muito desiludido quando sabe que Julieta é uma Capulet. Romeu também não passa despercebido a Julieta, mas ela não sabe que ele é um Montagues. Mais tarde, depois de descobrir que o jovem por quem está apaixonada é o filho da família inimiga, Julieta vai para a varanda e conta às estrelas que tem um amor proibido. Romeu, escondido nuns arbustos por baixo da varanda, ouve as confissões de Julieta e não resiste. Apresenta-se a Julieta e diz-lhe que também está apaixonado por ela. Com a ajuda de um amigo de Romeu – Frei Lawrence-, Romeu e Julieta casam-se secretamente no dia seguinte. No dia do casamento dois amigos de Romeu, Benvolio e Mercutio, passeiam pelas ruas de Verona e encontram-se com Tybalt, primo de Julieta. Tybolt, que ouvira dizer que Romeu tinha estado presente na casa de seus tios, anda à procura deste para se vingar e discute com os amigos de Romeu. Entretanto Romeu aparece e faz perceber que não se quer meter em brigas. Porém, os seus amigos não percebem a atitude de Romeu e Mercuito resolve defender a honra do amigo, e começa um duelo com Tybalt. Mercuito cai por terra, morto. Romeu vinga o seu amigo matando Tybalt com um golpe de espada. Este golpe faz com que Romeu seja ainda mais odiado pelos Capulets. O príncipe de Verona expulsa Romeu da cidade, que se vê forçado a deixar Julieta, que sofre imenso com toda esta história. O pai de Julieta, que não sabia do seu casamento com Romeu, resolve casá-la com um jovem chamado Paris. Desesperada, Julieta pede ajuda a Frei Laurence, que a aconselha a concordar com o casamento. Diz-lhe que na manhã do casamento Julieta deverá beber uma poção que ele lhe vai preparar. A poção fará com que Julieta pareça morta e ela será levada para o jazigo de família dos Capulet. Então o Frei mandará Romeu ter com ela para a salvar. Julieta faz tudo o que o Frei a manda fazer e é deixada no jazigo, tal como estava previsto. Antes que o Frei possa falar com Romeu, este ouve a notícia da morte de Julieta. Desfeito de dor, Romeu compra um frasco de veneno e vai até ao jazigo onde se encontra Julieta para morrer ao lado da sua amada. À porta do jazigo encontra Paris e é forçado a lutar com ele, acabando por o matar, pois nada o poderá deter de se juntar a Julieta. Já dentro do jazigo, Romeu bebe o veneno e morre ao lado da sua amada. Momentos depois, Julieta acorda e vê a seu lado, o corpo morto de seu marido. O Frei entra e conta a Julieta o que se passou. Inesperadamente, Julieta pega no punhal de Romeu e mata-se, pois já não tem motivos para viver. A tragédia tem um grande impacto em ambas as famílias ( os Montagues e os Capulet). As duas famílias estão tão magoadas com a morte dos seus dois únicos descendentes, que decidem nunca mais lutar e fazem as pazes.

FONTE:http://www.mundocultural.com.br/resumos/romeuejulieta.htm

RESUMO DA ABRA AMOR DE PERDIÇÃO

Resumo do livro: Amor de PerdiçãoAutor: Camilo Castelo Branco.



Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, membros de família rivais da cidade de Viseu,em Portugal.apaixona-se "perdidamente " ,no entanto, logo percebem à impossibilidade da realização desse amor por meio do casamento, pois suas famílias eram declaradamente inimigas. Não tarda muito para os jovens amantes sentirem na pele todo o ódio de seus pais.Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, ao descobrir o romance, trata de prometer a mão de sua filha a seu sobrinho Baltasar Coutinho. No entanto, a moça rejeita o pretendente fato que irrita profundamente o pai.Surge, nesse momento, o segundo grande elemento complicador.Desprezado e ofendido em seus brios Baltasar alia-se ao tio e juntos tramam o destino da pobre Teresa. Decididos, procuram persuadi-la a esquecer Simão, sob pena de a encerrarem em um convento. Teresa, temendo a ira de seu pai diante do rompimento causado por sua desobediência, aceita passivamente seu destino, prometendo afastar-se de Simão. No entanto, da repulsa ao casamento imposto por seu pai, ela continua irredutível.A moça não aceitava um casamento contrário às regras de seu coração. Na casa dos Botelhos, concomitantemente a esse fato, o pai de Simão, muito irritado com aquela desdita paixão resolve por fim ao romance entre seu filho e Teresa, enviando o jovem Simão a Coimbra para concluir seus estudos, almejava com isso sufocar o amor dos jovens pela distância.Porém, nem mesmo esse empecilho foi capaz de destruir esse infortúnio sentimento. Teresa mesmo confinada em sua casa escrevia a Simão, contando os dissabores por que passava e haveria de passar, sob as pressões de seu primo e de seu pai. Contudo, mesmo diante dessas adversidades, os amantes clandestinamente se comunicavam por cartas com certa freqüência.Comunicação essa, que revigorava ainda mais o amor dos dois. Simão, enlouquecido pela saudade de sua amada, decide ir a Viseu encontrar-se com Teresa. Furtivamente, é hospedado pelo ferreiro João da Cruz, homem destemido, forte e fiel. Sob proteção de João, Simão tenta chegar à casa de Teresa, mas lá estava Baltasar comemorando o aniversário da prima. O astuto Baltasar consegue perceber a ansiedade de Teresa e deduz o que estava para acontecer.No meio da festa a jovem tenta falar com Simão no jardim, contudo o casal é surpreendido, arma-se uma confusão que culmina com as mortes de dois criados de Baltasar.Desse entrevero Simão sai ferido.O rapaz busca refúgio na casa de João da Cruz para recuperar-se dos ferimentos.Entretanto, ainda não estava determinado o fim desse romance.Os amantes ainda mantinham comunicação por meio de uma velha mendiga que passava com freqüência sob a janela do quarto de Teresa. Para punir a rebeldia da filha, Tadeu de Albuquerque decide mandá-la a um convento do porto -chamado Monchique - cuja prioresa era patente de Teresa. Antes, porém, a jovem é recolhida em um convento na própria cidade de Viseu, enquanto Tadeu aguardava a resposta do Porto.Em Viseu, na casa do ferreiro, Mariana, filha de João da Cruz, torna-se a enfermeira de Simão, tratando-o com muito cuidado. Nasce nela um profundo amor pelo enfermo. Amor esse não revelado pela moça.Mariana, sabedora que Simão e Teresa não estavam conseguindo manter a comunicação, visto que Teresa estava sob rigorosa vigilância, resolve ajudar os amantes.Mariana vai até o convento com a desculpa de visitar uma amiga. Sua ação é bem sucedida, a filha de João da Cruz consegue falar com Teresa e essa manda um recado a Simão. Nele a jovem fala de sua impossibilidade de escrever a Simão e que ela iria para um convento na cidade do Porto.Simão ao tomar conhecimento dos fatos, fica furioso e, em um acesso incontido de raiva, decide tentar raptar Teresa de seu fatídico fim no convento.O jovem defronta-se com Baltasar, na tentativa de resgatar a amada. Mesmo diante de várias testemunhas o jovem Simão atinge Baltasar com um tiro mortal.Em meio à confusão surge João da Cruz que procura dar cobertura a fuga de Simão, contudo esse recusa-se a fugir entregando-se a prisão. Simão é preso e condenado a morte. Porém, devido à interferência do corregedor Domingos Botelho, pai de Simão, a pena é convertida ao degredo nas Índias.Em meio a tanta tragédia, Simão ainda preso no Porto, toma conhecimento que seu fiel amigo João da Cruz havia sido assassinado. Mariana, sem ter mais ninguém, resolve acompanhar Simão ao desterro. Essa situação aflora, no coração da jovem Mariana, a esperança de concretizar o seu amor por Simão.A sentença do desterro sai, Simão é condenado a ficar dez anos na Índia.Enquanto para Mariana o degredo é sinônimo de esperança, para Simão, a Índia é sinônimo de humilhação e miséria.Teresa começa a ter sua saúde abalada. Definha, cada vez mais triste e muito magoada, a linda fidalga parece ter perdido a vontade de viver. Seu fim aproxima-se, recusa-se a evitá-lo.Ao em arcar rumo à Índia, Simão contempla Monchique e vê, pela última vez no mirante do convento, a mulher que fora responsável por tudo aquilo.Também Teresa contempla o navio que levava seu amado. Logo após, Teresa morre. Simão, antes de seguir seu destino, toma conhecimento da morte de Teresa e, profundamente consternado e deprimido, segue rumo ao degredo.Ainda, muito consternado ele guarda algumas cartas de Teresa, seu corpo vai sendo consumido pela morte.Alguns dias após a viagem, Simão morre vitimado pela febre. Mariana não resistindo à perda do amado, rompe o silêncio com gritos que saem do mais fundo do seu coração. Quando percebe que seria impossível viver sem a presença de Simão, a filha do ferreiro entrega-se às revoltas águas do mar, as quais já haviam recebido o corpo de Simão.O suicídio de Mariana marca o fim da trágica história dos Botelhos e Albuquerque.Segundo Camilo Castelo Branco, essa é uma obra de ficção baseada na história real de seu tio paterno Simão Antônio Botelho.


RESUMO DA OBRA EURICO O PREBÍSTERIO

Resumo do livro: Eurico o PresbíteroAutor: Alexandre Herculano


O romance "Eurico, o Presbítero", conta a triste história de amor entre Hermengarda e Eurico. A história se passa no início do séc. VIII na Espanha Visigótica. Eurico e Teodomiro são amigos e lutam junto comVitiza (imperador da Espanha) contra os "montanheses rebeldes e contra a francos, seus aliados". Depois desse bem sucedido combate, Eurico pede ao Duque de Fávila a mão de sua filha, Hermengarda, em casamento. No entanto, Fávila ao saber da intenção de Eurico e, sabendo ainda que esse era um homem de origem humilde, recusa o pedido de Eurico. Certo de que sua amada também o repelia, o jovem entrega-se ao sacerdócio, sendo ordenado como o Presbítero de Cartéia. A vida de Eurico então resume-se as suas funções religiosas e à composição de poemas e hinos religiosos, tarefas essas que ocupavam sua mente, afastando-se assim das lembranças de Hermengarda.Essa rotina só é quebrada quando ele descobre que os árabes, liderados por Tarrique, invadem a Península Ibérica. Então Eurico toma para si a responsabilidade de combater o avanço árabe. Inicialmente, alerta seu amigo Teodomiro e, posteriormente, já diante da invasão, o Presbíterode Cartéia transforma-se no enigmático Cavaleiro Negro. Eurico, ou melhor, o Cavaleiro Negro luta de maneira heróica para defender o solo espanhol. Devido a seu ímpeto, ganha a admiração dos Godos e lhes dá força para combater os invasores.Quando o domínio da batalha parece inclinar-se para os Godos, Sisibuto e Ebas, os filhos do Imperador Vitiza, traem o povo Godo com a intenção assumir o trono. Assim o domínio do combate volta a ser árabe. Logo em seguida Roderico, rei dos Godos, morre no campo de batalha e Teodomiro passa a liderar o povo.Nesse meio tempo, os árabes atacam o Mosteiro da Virgem Dolosa e raptam Hermengarda. O Cavaleiro Negro e uns poucos guerreiros conseguem salvá-la quando o "amir" estava prestes a profaná-la.Durante a fuga, Hermengarda, foi levada desmaiada às montanhas das Asturias, onde Pelágio, seu irmão, está refugiado. Nesse momento, essas montanhas são o único e verdadeiro refúgio da independência Goda, uma vez que, depois de uma luta terrível contra os árabes, Teodomiro aceita as vantajosas condições de paz que lhe são propostas:os campos da Bética, que lhe pertenciam, continuariam em seu poder.Em segurança, na gruta Covadonga, Hermengarda depara-se com Eurico e, enfim, pode declarar seu amor. No entanto, Eurico sabe que esse amor jamais poderá se concretizar, devido as suas convicções religiosas. Então Eurico revela a ela que o Presbítero de Cartéia e o Cavaleiro Negro são a mesma pessoa. Ao sabe disso, Hermengarda perde a razão e Eurico, convicto e ciente das suas obrigações religiosas, parte para um combate suicida contra os árabes.


ROMANTISMO

O romantismo surgiu por volta da metade do século XVIII, na Escócia e na Inglaterra, quando alguns escritores passanram a falar da natureza e do amor num tom bem pessoal e melancólico, fazendo da Literatura uma forma de desabafo sentimental.

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